Síndromes Neoplásicas Endócrinas

As síndromes neoplásicas endócrinas são doenças hereditárias raras, nas quais tumores benignos ou cancerosos malignos surgem em várias glândulas endócrinas ou então elas crescem de forma excessiva até se formarem tumores.
Estas síndromes neoplásicas endócrinas múltiplas são causadas devido a mutações genéticas, por isso, costumam ocorrer em famílias, mas os sintomas podem variar dependendo de quais glândulas são afetadas.
Para a prevenção, podem ser feitos alguns exames genéticos que conseguem detectar a doença em membros da família da pessoa que possui estas síndromes.
Até os dias atuais não existe cura para estes casos, entretanto, os médicos tratam as mudanças em cada glândula com cirurgia ou medicamentos, visando controlar a produção excessiva de hormônios

Cirurgia Bariátrica

Apesar da cirurgia bariátrica ser vista como um tratamento muito eficaz para a obesidade em nível grave, manter a manutenção do peso a longo prazo pode ser um desafio. São inúmeros os fatores que podem promover a perda de peso de maneira insatisfatória ou o reganho de peso após esta cirurgia. Os fatores mais comuns são: ingestão abusiva de alimentos com alto teor calórico, sedentarismo e consumo excessivo de álcool
É preciso que o paciente esteja ciente de que a cirurgia não é a única etapa do tratamento. É preciso também ter um acompanhamento médico regular, praticar exercícios regularmente e seguir um plano alimentar.
Depois de realizar a cirurgia bariátrica  é importante ter uma monitoração contínua efetuada por um médico endocrinologista que irá fazer o acompanhamento da perda de peso do paciente, checar se houve a melhora ou não das comorbidades atreladas à obesidade, analisar as medicações que precisam ser continuadas ou então iniciadas e, com o auxílio de uma equipe multidisciplinar, o médico irá estabelecer algumas estratégias terapêuticas adequadas para evitar ou então tratar o ganho de peso.

Síndrome do ovário policístico

Síndrome é o nome que damos a um conjunto de sintomas, muito antes dos ultrassons ou das dosagens hormonais. Para confirmar o diagnóstico é preciso a confirmação de pelo menos 2 dos 3 critérios de “Rotterdam”. Os critérios são:

  • A presença do hiperandrogenismo, que é o nome dado ao aumento dos hormônios masculinos. Quando estes hormônios caem na corrente sanguínea, causam oleosidade, aumentando o número de cravos e espinhas, aumentando a quantidade de pelos em regiões masculinas. Nos cabelos também é perceptível o aumento de oleosidade e pode até mesmo ter tendência a queda.
  • O segundo critério é a irregularidade menstrual, mulheres com esta síndrome tendem a menstruar menos, mas por períodos mais longos, algumas podem ficar até meses sem menstruar.
  • O terceiro critério é a presença de microcistos no ultrassom.

Se 2 destes 3 critérios forem preenchidos pela paciente, aí sim damos a confirmação do diagnóstico da síndrome do ovário policístico.

As síndromes poliglandulares autoimunes

As síndromes poliglandulares autoimunes (SPGA), se caracterizam pela sua relação com outras doenças autoimunes endócrinas e não-endócrinas. Esta síndrome é dividida em três tipos, sendo o tipo III frequentemente subdiagnosticado por ser erroneamente identificado como tipo II (o tipo mais prevalente). A SPGA III possui como forte característica a presença da tireoidite autoimune (TA) em conjunto com outra doença autoimune, obrigando a exclusão do envolvimento do córtex suprarrenal, hipoparatiroidismo e candidíase mucocutânea crônica.